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Mostrando postagens de maio, 2021

O Deus Rá

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Rá (do português Ré) é o Deus Egípcio do Sol sendo a principal divindade da religião egípcia. O culto ao Deus Sol foi muito próspero no Egito, sendo a principal forma de adoração e um culto oficial por cerca de vinte séculos. As divindades geralmente estão ligados a fenômenos da natureza, e, em função da luz no cultivo dos alimentos, os antigos egípcios atribuíram a Rá grande importância. Além de ser a divindade central do panteão egípcio, Rá é também um deus primordial e criador dos deuses e da ordem divina, junto de sua esposa, a Deusa Ret (cujo nome é a versão feminina do nome Ré e pode ser a mesma divindade) originaram a genealogia: Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis. Ao longo do tempo, esta divindade foi associado a outros deuses, como Hórus, Sobek (Sobek-Ré), Amon (Amon-Ré) e Khnum (Khnum-Ré) e sua existência está intimamente ligada à realeza, pois Rá teria vivido em Heliópolis e regido o Egito antes mesmo das dinastias históricas, das quais os faraós seriam seu

A Cidade de Petra

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Ela foi esculpida na pedra. O próprio nome da cidade, na atual Jordânia, significa “pedra” em grego. Ao longo do tempo, Petra, berço do povo nabateu, foi conhecida por várias expressões: “cidade rosa”, “rochosa”, “perdida”, “das pedras” e “dos mortos”. Ela foi fundada em 312 a.C., e se transformou em um eixo importante nas rotas comerciais. Caravanas de seda, incenso e especiarias ligavam a China e a Índia à Grécia, Roma, Egito e Síria. Árabes nômades, os nabateus talharam, literalmente, a cidade, em uma mistura de arquitetura greco-romana e oriental.Petra entrou na mira dos romanos Pompeu e Herodes, mas só sucumbiu em cerca de 130 d.C., quando o imperador Adriano a conquistou (não se sabe se na base da espada ou não). Tempos depois, por volta do século 5, os nabateus decidiram puxar o camelo para outros cantos mais seguros, pois dois terremotos destruíram a cidade.Petra foi abandonada e ficou esquecida no tempo e na areia – só os beduínos sabiam como encontrá-la no deserto. Até que, e

Imhotep

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Imhotep revolucionou o Antigo Egito, projetando aquela que é considerada a primeira pirâmide. Esse egípcio foi o conselheiro de Djoser, faraó que inaugurou a III Dinastia. Imhotep foi o primeiro nome conhecido de um cientista em toda a história. “Foi tanto renome que ele alcançou como médico, com habilidades curativas quase mágicas, que muitos séculos depois, ele foi incluído no panteão egípcio como deus da medicina”, escreveu Isaac Asimov em 1967 no livro "The Egyptians" (apesar de se consagrar como autor de ficção científica, Asimov também se dedicou a escrever obras sobre fatos históricos). Os dotes de Imhotep como arquiteto também ficaram marcados na história: ele construiu a Pirâmide de Djoser, para o sepultamento do faraó. A pirâmide escalonada, de 4700 anos de idade, erguida com pedra em vez de ladrilho, é considerada a mais antiga estrutura desse tipo, um dos maiores tesouros do Egito.  O projeto demonstra os conhecimentos arquitetônicos de Imhotep. Além disso, seu do

Mihos

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 Mihos (ou Maahes, Miysis, Mios, Maihes e Mahes) era um antigo deus egípcio associado à guerra e ao calor do verão, além de ser considerado o protetor da matrilinealidade (organização de família ou linhagem na qual só a descendência pela linha materna é levada em conta) e dos altos sacerdotes de Amon. Ele teria sido um equivalente egípcio do deus-leão Apedemak, venerado na Núbia e no deserto do oeste egípcio. Mihos foi muitas vezes descrito como um homem com cabeça de leão, empunhando uma faca e usando a coroa dupla do Alto e do Baixo Egito (a coroa Atef) ou um disco solar e  o uraeus (serpente real). Uma representação menos frequente do deus retratava-o como um leão devorando uma vítima.

Wepwawet

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Wepwawet (Upuaut) era um deus da guerra do Alto Egito, com cabeça de chacal ou lobo, também adorado na cidade grega de Licópolis ("cidade de lobos") . Seu nome significa "o que abre caminhos" e acreditava-se que ele era o responsável por limpar as rotas dos exércitos. Em grego, era Ophois. Suas ligações com guerras acabaram associando-o também à morte. Wepwawet tornou-se o responsável por guiar as almas dos mortos atráves do submundo egípcio (Duat) e ajudava a pesar seus corações no julgamento final. Por essa razão, foi confundido com Anúbis na unificação egípcia, mas Wepwawet seria um ajudante desse deus. 

Deus Geb

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O deus da terra, Geb seria segundo uma versão filho de Shu, deusa do ar, e Tefnut, deusa da humidade, ou, segundo o mito da criação, filho de Ré, o deus sol. Membro da Enéade de Heliópolis, era irmão e esposo de Nut, a deusa do céu. Os seus filhos eram Osíris, Ísis, Seth e Néftis, que faziam também parte da Enéade heliopolitana. Enquanto representante da terra, era associado à fertilidade. Contudo, o seu lado negativo surge por vezes enfatizado, nomeadamente no contexto funerário, dado que os mortos eram enterrados no seu corpo, sendo apontado como responsável pela decadência dos mesmos. Geb era também senhor das cobras, das plantas, pedras e minerais, enquanto criador de todos estes elementos. Desempenhou um papel fundamental na lendária disputa de Hórus e Seth, tendo sido, de acordo com algumas versões, o juiz. Segundo a Estela de Chabaka, o deus da terra dividiu o Egito entre os dois rivais, atribuindo a Hórus o governo do Baixo Egito e a Seth o governo do Alto Egito. No entanto, ar

Criação do mundo segundo os egípcios

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A criação do mundo descrita na mitologia egípcia possui diversas “variações regionais”. Apesar de todas as versões regionais estarem entrelaçadas e terem semelhanças, em alguns casos até o panteão de deuses possuía divergências. Essas divergências, originadas por diferenças em contextos sociais e econômicos, não podem ser deixadas de lado.Por conta disso, falaremos da cosmogonia aqui em partes, dividindo pela região e caracterizando-as. Cosmogonia de Heliópolis A cosmogonia de Heliópolis estava centrada em uma Enéade (termo grego para um agrupamento de nove divindades). No começo de tudo só havia as águas do caos. Certo dia, uma colina de lodo elevou-se dessas águas e no cume da colina estava Atum, o deus criador. Atum tossiu e surgiu Shu e Tefnut (respectivamente: deus do ar e deusa da umidade). Shu e Tefnut tiveram dois filhos: Geb (deus da Terra) e Nut (deusa do céu). Geb e Nut, por sua vez, geraram Osíris, Isís, Seth e Néftis. Com isso tínhamos os 9 deuses que compunham a Enéade e

Banebdjed

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Banebdjed ("Espírito do Senhor de Djed") foi um deus egípcio associado a fertilidade e cultuado na cidade de Djed, a capital do 16° nomo do Baixo Egito, localizada na região do Delta. Ele representava o Ba (espírito) dos quatro deuses: Rá, Shu, Geb e Osíris. Na antiga arte egípcia, Banebdjed foi retratado de várias maneiras. Às vezes era representado na forma de um carneiro completa.

Aton

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Durante o reinado do faraó Amenhotep IV, Áton (o disco solar, também chamado de Aton ou Aten) foi estabelecido como o principal deus do antigo Egito, e a adoração de muitos dos deuses tradicionais foi abolida. Áton não era um novo deus, mas um aspecto obscuro de Rá, o deus sol adorado desde o Império Antigo. Aton era o nome tradicional para o disco solar, e por isso o nome do deus é muitas vezes traduzido como "O Aton'. Por exemplo, em textos dos sarcófagos do Médio Império a palavra Aton representa o disco solar, e nas Aventuras de Sinué (texto também do Reino Médio) Amenemés I é descrito subindo para o céu e unindo-se com Aton, seu criador. Durante o Império Novo, Aton foi considerado um aspecto da divindade Rá-Amon-Hórus. Rá representava o sol durante o dia,  Amon representava o sol no submundo e Hórus representava o nascer do sol.

Ápis

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Na mitologia egípcia, Ápis (Hap, Hapi ou Hape) era um touro sagrado venerado em Memphis. Foi tida como a encarnação dos deuses Osíris e Ptah. Segundo um mito, Apis era a encarnação viva de Ptah, enquanto ele viveu e Osíris quando morreu. Este touro representava com um amuleto em forma de cobra na testa e um círculo solar sobre a cabeça, entre os chifres. A mãe de um touro Apis recebeu o título de ′′ Vaca da Isis ". Só podia haver um touro Apís de cada vez. A busca por um touro substituto começaria com a morte do atual Appis. O novo Apis foi transportado para Memphis num barco decorado construído especialmente para a ocasião. Apis estava intimamente relacionado com o mito do ciclo Osíris de morte e regeneração. Diodoro da Sicília disse que quando Osíris morreu, a sua alma passou para o primeiro touro Apis e depois foi preservada em cada novo touro. Sendo parte animal, parte deus, Apis foi escolhido para o culto devido ao seu conjunto de marcas incomuns: um triângulo branco na testa