A Cidade de Petra

Ela foi esculpida na pedra. O próprio nome da cidade, na atual Jordânia, significa “pedra” em grego. Ao longo do tempo, Petra, berço do povo nabateu, foi conhecida por várias expressões: “cidade rosa”, “rochosa”, “perdida”, “das pedras” e “dos mortos”.
Ela foi fundada em 312 a.C., e se transformou em um eixo importante nas rotas comerciais. Caravanas de seda, incenso e especiarias ligavam a China e a Índia à Grécia, Roma, Egito e Síria. Árabes nômades, os nabateus talharam, literalmente, a cidade, em uma mistura de arquitetura greco-romana e oriental.Petra entrou na mira dos romanos Pompeu e Herodes, mas só sucumbiu em cerca de 130 d.C., quando o imperador Adriano a conquistou (não se sabe se na base da espada ou não).
Tempos depois, por volta do século 5, os nabateus decidiram puxar o camelo para outros cantos mais seguros, pois dois terremotos destruíram a cidade.Petra foi abandonada e ficou esquecida no tempo e na areia – só os beduínos sabiam como encontrá-la no deserto. Até que, em 1812, o explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt, amante da cultura muçulmana, se fez passar por um mercador árabe para conquistar a confiança dos beduínos, que um dia finalmente lhe mostraram o caminho das pedras.
O local tem diversos túmulos reais, tumbas, ruas colunadas, portões arcados, obeliscos e altares. A maior estrutura é o Ad-Deir, ou Monastério. Ele é alcançado a partir de uma escadaria de 843 degraus talhada nas rochas. Pode-se subir a pé ou com animais.
As principais obras de Petra, como o Monastério, foram construídas de baixo para cima. Os operários ergueram grandes escadas, com degraus de 6 m, antes de começar a marretar o arenito. Eles não ficavam pendurados em cordas, mas alicerçados nos degraus.

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