400 Faraós, 31 Dinastias

Em mais de três mil anos de história , épocas brilhantes se alternaram a períodos de decadência no Egito. Mais de 400 faraós, pertencentes  a 31 dinastias distintas, reinaram sobre o país! Para ordenar os fatos dessa história tão longa, os egiptólogos distinguem três períodos principais: os impérios, que correspondem a fases de poder centralizado, com união e paz no país e força no exterior, separados por períodos intermediários, em que houve mais desordem e divisão.

O Nascimento da civilização egípcia

Há mais de cinco mil anos, os egípcios começaram a construir cidades e fizeram grandes obras de irrigação para controlar a cheia do rio. Além disso, eles desenvolveram a escrita. Nesse início de civilização, o Egito estava dividido em dois reinos: o Baixo Egito, no norte, e o Alto Egito, no sul.
Narmer, um rei do sul do Egito que ficou conhecido como Menés, unificou o país por volta de 3150 a.C. e fundou a primeira dinastia. O faraó reinava usando o pschent, uma coroa dupla .
Pra controlar suas terras, mandou construir uma fortaleza de muros brancos na fronteira entre os dois reinos. Seus sucessores se fixaram nos arredores dessa fortaleza e ali estabeleceram a primeira capital. Mênfis, como passou a se chamar, foi a capital do Egito durante todo o Antigo Império e permaneceu importante até o fim da era dos faraós.


O Antigo Império: Os Reis Das Pirâmides

Djoser, o Magnífico, iniciou a era das pirâmides. Fundador de uma dinastia importante, a III, este rei mandou construir a primeira pirâmide egípcia: a de Saqqara. Os egípcios ficaram maravilhados, pois, até então, nunca tinham visto um monumento de pedra. Os sucessores de Djoser construíram pirâmides cada vez mais grandiosas. Quéops, Quéfrem e Miquerinos, reis da IV dinastia, ergueram as colossais pirâmides de Giza.  
Esses faraós eram também grandes guerreiros. Lançaram expedições no Sinai em busca de pedras preciosas, foram ao Líbano atrás de madeiras finas e penetraram o interior da África até a Núbia, atual Sudão, para explorar ouro e marfim.



O Primeiro Período Intermediário: 70 reis em 70 dias

Ao fim do reinado mais longo da história, o de Pepi II, que durou 94 anos, a autoridade dos faraós sofreu contestações. O poder se desagregou e revoluções eclodiram nas províncias. Por volta de 2200 a.C., sucederam-se no Egito 70 reis em 70 dias. O país ficou dividido, assolado por mortes, desgraça e desordem: homens matavam os próprios pais. As fronteiras não foram mais vigiadas e os beduínos do deserto penetravam até o delta, semeando o terror.

O Médio Império: Uma Nova Idade Do Ouro

Por volta de 2060 a.C., Mentuhotep, governador de Tebas, no Alto Egito, conseguiu reunificar o país à força. Ele restabeleceu a segurança e fez a ordem reinar. Os reis principais dessa época, os Amenemhat e os Senusret, aos poucos impuseram um poder real forte. Fixaram a nova capital em Lisht, na junção do Alto e do Baixo Egito, e impuseram o deus Amon como principal deus de todo o Egito.
Eles também organizaram grandes expedições militares e construíram templos e túmulos gigantescos.


O Segundo Período Intermediário: Os Hicsos

O médio império acabou dramaticamente quando os hicsos invadiram o delta. Essas tribos asiáticas combatiam em carros de guerra puxados por cavalos, animal até então desconhecidos pelos egípcios.
O Egito ficou dividido: os hicsos dominaram o Baixo Egito, enquanto uma monarquia tebana enfraquecida sobreviveu no Alto Egito, obrigada a pagar impostos aos invasores. O país mergulhou no período mais sombrio da sua história.


O Novo Império: A Superpotência 

Felizmente, os deuses não esqueceram o Egito.
Os reis tebanos iniciaram a reconquista do reino e, em 1580 a.C., Ahmose derrotou os hicsos. Seus sucessores retomaram a Núbia e estenderam a influência egípcia a uma imensa área que ia do centro da África até o rio Eufrates, na Síria.
O Novo Império impressionou pela perfeição da arte, dos templos e dos túmulos. Os faraós responsabilizaram o deus de Tebas, Amon, pela vitória e lhe ofereceram imensas riquezas, frutos das pilhagens de guerra. O deus Amon se tornou o ser mais rico do país, proprietário de quinhentas mil cabeças de gado e com oitenta mil homens a seu serviço . Thutmés I, a rainha Hatshepsut, Thutmés III, o conquistador, Amenhotep IV (Akhenaton), Tutankhamon, Seti I, Ramsés II e Ramsés III foram os faraós mais influentes desse império. 















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