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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Anukis

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Também conhecida como Anuket, Anukis surgiu por meio da cosmogonia de Elefantina, na qual o mundo teria sido criado por Khnum, Satet e Anuket. Khnum teria criado os seres humanos, Satet, esposa de Khnum, teria sido responsável pela inundação do Rio Nilo, a qual permitiu a fertilidade dos solos e Anuket, filha do casal, teria auxiliado na criação da água do mundo. Por essa razão Anukis era cultuada, principalmente, na região da ilha de Sehel, em Elefantina, onde se localizava a primeira catarata do Rio Nilo, que era um dos seis afloramentos de granito que obstruíam o rio. Tanto é que nesse local foi construído um belo templo para a deusa durante a XIII dinastia a mando do faraó Sobekhotep II, além de uma capela, que foi erguida pelo grande rei Amenhotep II, durante a XVIII dinastia. Anukis recebeu o título de "Aquela que abraça', já que seu nome significava "abraçar", também foi bastante adorada na Núbia, onde ficou conhecida como "Senhora da Núbia". Anuk

A Prece de Anúbis

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Conheça, agora, a oração do Livro dos Mortos, que era evocada pelos sacerdotes de Anúbis durante o processo de embalsamamento, momento em que os egípcios acreditavam  que a divindade da morte inspirava seus sacerdotes para a realização exímia das técnicas de mumificação. '' Nós, os chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiões de suas tumbas gloriosas e das sepulturas humildes. Somos os guardiões dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis."

Anúbis

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Era a divindade da morte que auxiliava os egípcios antigos no processo de embalsamamento. Anúbis também tinha a função de julgar os atos dos falecidos, os conduzir até o Reino dos Mortos, além de guardar e vigiar as tumbas e as pirâmides. Ele era filho da deusa Néftis (divindade da obscuridade) com Osíris (Deus da vida após a morte). Casou-se com a deusa Anput, sua versão feminina de poderes divinos e juntos tiveram Kebechet, a entidade do frescor e da purificação da água, em que eram lavados os corpos dos mortos, durante a mumificação. Os egípcios se referiam a Anúbis de diversas maneiras, entre elas, "Senhor da Necrópole", "Senhor da Terra Santa", "Senhor do Oeste". A entidade também foi considerada o primeiro Deus a mumificar um corpo, já que quando Osíris foi cortado em sessenta e quatro pedaços por seu irmão Seth, Anúbis foi a divindade que embalsamou o corpo de Osíris, mostrando que dominava todas as técnicas desse procedimento, tornado-se, assim,

Anit e o precioso corante

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A admiração pela impetuosidade e pela força da deusa Anit era tamanha, que os egípcios antigos decidiram colocar o seu nome para denominar um corante natural, que eles consideravam precioso. O corante era retirado do caracol Murex (Murex brandaris) e por ter uma cor vibrante vermelho-púrpura, passou a ser chamado no Egito Antigo, de Anit, cor que representava o caos, a raiva e o fogo. No entanto, não era nada fácil extrair tal corante do caracol, o que explica a sua preciosidade, já que eram necessários doze mil caracóis para se conseguir tingir apenas um lenço de mão. Para se obter a cor preciosa, os egípcios esmagavam os caracóis, em seguida, os deixavam por três dias em água salgada e, depois os ferviam por cerca de dez dias. Depois de pronto, o corante era usado para tingir as roupas e os acessórios dos grandes reis, bem como as velas dos barcos faraônicos, o que designava que quando as velas púrpuras fossem avistadas, os demais barcos tinham que se afastar para dar passagem ao

Anit

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Anit, na verdade, não era uma divindade egípcia, mas, sim uma deusa semita jovem da fertilidade e da guerra. Com a tomada do poder egípcio pelos hicsos em 1.780 a.C., durante a XIV e a XV dinastias faraônicas, diversas entidades semitas foram inseridas à mitologia egípcia, entre elas, Anit, que também era conhecida como Anat. Ela era tida como uma divindade da guerra e também da fertilidade, e era representada pela figura de uma mulher que usava a coroa do Alto Egito, com duas penas de avestruz e, segurava em uma mão uma clava (arma semelhante ao um pedaço grosso de madeira) e, na outra uma lança e um escudo. Os reis hicsos foram responsáveis por tornar a divindade Anit popular no Egito Antigo, mas ela só passou a ser realmente ovacionada e cultuada pela sociedade egípcia, durante o reinado de Ramsés II, que foi de 1.279 a.C, a 1.213 a.C, na XIX dinastia. O faraó possuía grande respeito e admiração por Anit e a considerava sua protetora, sendo assim, ordenou a construção de um belo te

Amonet e a Árvore Acácia

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Segundo os egípcios antigos, a deusa Amonet representava a árvore Acácia  (Acacia parviceps), de onde a vida teria surgido. Sendo assim, passaram a fabricar os sarcófagos, onde ficavam as múmias, de madeira de acácia, a qual, além de ser bastante resistente, designaria o surgimento da vida eterna. Vale elucidar que os egípcios também empregavam a mesma madeira para fazer barcos, inclusive as barcas sagradas, que ficavam no interior das pirâmides, com o intuito de levar a alma do morto para o céu, rumo à ressurreição. Acácia do deserto A árvore Acácia era considerada como o símbolo da vida para os egípcios, justamente pelas suas características, já que suas folhas se abriam ao amanhecer com o nascer do sole se fechavam com o pôr do sol, suas folhas também eram semelhantes ao formato do disco solar. Tais fatores estavam diretamente ligados à deusa Amonet, considerada o sol que se erguia toda manhã e a força criadora da vida.

Amonet

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Conhecida como Amaunet, foi a esposa da divindade Amon e a deusa da força criadora da vida, do oculto e do poder, que surgiu por meio da cosmogonia de Hermópolis. Ela era representada de formas variadas, com uma vaca, como uma mulher com cabeça de rã ou serpente ou como uma mulher portando uma coroa vermelha, a qual era o símbolo do Baixo Egito. Era cultuada, principalmente, na primeira festa em que o faraó organizava para anunciar o início da sua administração, também durante a Heb Sed, que era a comemoração dos 30 anos de reinado de um grande rei. Os egípcios antigos acreditavam que, durante essas celebrações, Amonet se materializaria em uma sombra que envolveria o faraó, a qual lhe protegeria e permitiria sua ascensão no inicio do reinado e também lhe concederia mais vitalidade e discernimento, após ter administrado o Egito por três décadas. Amonet também foi considerada a mãe de toda a criação, como também o sol que se erguia toda manhã e a árvore Acácia (Acacia parviceps), de qua

O Culto à divindade Amon nas crenças atuais

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Você sabia que todas as vezes que um católico, um judeu ou um muçulmano falam ou leem a palavra "amém", eles estão cultuando o Deus egípcio Amon ? Pois é, eles inseriram uma divindade pagã milenar em seus rituais, sem saberem. E a explicação está na origem da palavra hebraica "amém", a qual deriva de "amon", que quer dizer "o rei supremo" e não "assim seja ", que é o significado dado na atualidade, à palavra "amém". Segundo estudiosos da área o que aconteceu de fato foi uma tradução errônea do termo "amém", a qual no decorrer dos séculos foi incorporada nos rituais e nas celebrações das crenças da contemporaneidade.

Amon

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A figura mitológica de Amon surgiu por meio de deus cosmogonias, uma delas era a de Hermópolis, na qual Amon e sua esposa Amaunet, teriam criado tudo o que era secreto e oculto e, a outra, era cosmogonia de Tebas, sendo que Amon, considerado, o Deus da força criadora da vida, junto a sua Mut e seu filho Khonsu, teriam feito surgir o cosmos. No entanto, independentemente das cosmogonias, Amon sempre foi considerado como a entidade que dava vida ao país. O nome "Amon" significa "o rei supremo" e a divindade era representada de diversas formas, tais como, um carneiro com chifres curvos e cauda curta, como também em um corpo de ser humano e cabeça de carneiro ou como um homem barbado, com uma touca na cabeça com duas longas plumas. Em 2.000 a.C. Amon se tornou a divindade mais cultuada e adorada pelos egípcios antigos. A importância da divindade Amon era tamanha que ele era considerado o pai de todos os faraós e o responsável por passar o poder do Egito Antigo para c

Como evitar Ammit

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Se a uma oração que diariamente os egípcios antigos faziam era a de número 125, do Livro dos Mortos. Nela, os homens pediam o afastamento da peste do mal, o demônio fêmea Ammit. Um dado curioso é que era comum que tal magia fosse escrita em papiros, os quais depois eram enrolados e enterrados junto às múmias. Confira agora, na íntegra essa oração. "A declaração da inocência para evitar Ammit Eu não matei ninguém. Eu não cometi nenhum mal. Eu não prejudiquei meus parentes. Eu não aderi a pessoas más. Eu não cometi atos de abominação. Eu não fiz menos do que o dever exige. Eu não tentei ganhar honras desmerecidas. Eu não oprimi ninguém. Eu não tratei qualquer divindade com desrespeito. Eu não desapossei ninguém. Eu não fiz o que os deuses detestam. Eu não causei sofrimento a ninguém. Eu não permiti que ninguém passasse fome. Eu não fiz ninguém chorar. Eu não enganei na medição de grãos. Eu não invadi os campos de outras pessoas. Eu não adicionei peso para o equi

Ammit

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Companheira de Am-Heh no submundo, o demônio fêmea Ammit era conhecido por três denominações, as quais eram " Devoradora de Corações", "Devoradora" e "Grande morte". Ammit era considerada pelos os egípcios antigos como a personificação da retribuição divina de todos os males realizados na vida terrena, bem como aquela que executava as almas renegadas. Ela vivia em Duat, um lago de fogo no submundo, e era responsável por devorar os mortos que haviam sido considerados pecadores em Amenti, templo onde as almas dos mortos eram reunidas para terem seus corações pesados na balança da deusa Maat (divindade da justiça) e depois serem julgadas pelo deus Osíris (divindade da vida após a morte). Ela possuía a cabeça de crocodilo, o corpo de leão e os membros inferiores de um hipopótamo. Vale lembrar que na mitologia egípcia tais animais eram descritos como maiores comedores de homens. Quando ocorriam os julgamentos, Ammit saía do lago de fogo e ia para o Salão do Mo

Amenófis

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Antes de ser divinizado Amenófis  IV era um faraó que havia administrado o Egito Antigo, de 1352-1336 a.C., durante a XVIII dinastia. Ele se destacou dos demais reis devido ao fato de ter instaurado o culto a um único Deus, Aton (divindade do sol) e de ter construído a cidade de Amarna especialmente para a divindade ser cultuada, algo que causou tremendo alvoroço em uma civilização que estava acostumada a cultuar diversas divindades. Sendo assim, pode-se dizer que Amenófis foi o faraó que implantou o monoteísmo (culto ao único Deus) no Egito Antigo e também foi considerado uma espécie de profeta, que tinha o objetivo de passar os ensinamentos de Aton à população egípcia, como a importância do amor ao próximo, a bondade e a justiça. No quinto ano do seu reinado ele mudou seu nome de "Amenofis", que dizer "  Amon está satisfeito" para Aquenáton" que significa "o espirito atuante de Aton". Amenófis também foi dito como um revolucionário, pois foi o pri

Am-Heh

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Pertencia ao submundo, ou seja, ao inferno e por isso recebeu esse nome, que quer dizer " devorador de milhões" ou "comedor da eternidade". Ele também era conhecido como um deus menor do submundo. Fisicamente era representado por um corpo humano atlético e musculoso com a cabeça de cachorro e com uma boca repleta de garras afiadas e arreganhadas. Os egípcios acreditavam que a fome que Am-heh sentia jamais seria saciada, por isso quem cruzasse o seu caminho no submundo seria aprisionado e devorado, próximo a uma lagoa de fogo, onde a divindade vivia. Segundo a mitologia egípcia, quando chegavam ao Reino dos Mortos, os falecidos, após terem seu coração pesado na balança de Máat (divindade da justiça) e julgados e condenados por Osíris (divindade da vida após a morte), poderiam se encontrar com Am-Heh. A única divindade que tinha poderes para derrotá-lo era Atum, o rei dos deuses. Am-Heh era associado também a outras duas figuras diabólicas dos mitos do Egito Antigo

Múmias agrícolas da Ásia Central

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Esta múmia de 4.000 anos é apenas uma das dezenas de múmias encontradas na Bacia Agrícola da árida província do Turquestão Oriental da China. A característica especial da múmia é que ela viveu na região muito antes do povo chinês e sua aparência era semelhante à do povo caucasiano. Esses dois elementos propõem a teoria de que os primeiros colonos na terra da China não são chineses. O aparecimento das múmias sugere que esses nômades da Idade do Bronze falavam línguas indo-europeias e podem ter vindo da Rússia ou da Ucrânia. As múmias foram estudadas como parte do projeto da National Geographic Society que explora como a genética humana muda ao longo do tempo. No início do projeto, Spencer Well disse que as múmias da Bacia Agrícola trouxeram sua cultura, posses e genes únicos para as partes ocidentais da China e que poderiam até ser as primeiras pessoas a domesticar o cavalo.                              

A Ordem Do Mundo

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Através desse mito contado pelos sacerdotes egípcios compreendemos a organização da vida egípcia. A terra estava sob autoridade do faraó, que se apresentava como um novo Hórus e se dizia filho de Rá. O mundo do além era governado por Osíris, diante de quem todos os mortos se apresentavam para merecer a vida eterna. Por outro lado, as forças do mal, o deserto hostil, o trovão, o relâmpago e todos os desastres que ameaçam o homem eram associados ao deus Seth.

A Vingança de Hórus

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Muitos anos depois, Hórus já adulto, dirigiu-se ao deus Rá para pedir a restituição do trono do pai, ocupado por Seth. Depois de muitas discussões e combates, Hórus venceu Seth com ajuda de sua mãe Ísis. O tribunal dos deuses decidiu então que Hórus reinaria sobre a terra, deixando a Osíris o reino dos mortos. Seth conquistou o domínio dos espaços desertos e se tornou uma espécie de escolta do deus Rá.

Ísis devolve a vida a Osíris

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Quando soube do desaparecimento do marido, Ísis partiu em sua busca. Desceu o rio e contornou a costa do Líbano até descobrir o baú contendo o corpo sem vida de Osíris. Ela trouxe o corpo de volta ao Egito e se escondeu com ele nos pântanos do delta. Ali fez uma magia para se transformar em andorinha e, com um bater de asas, devolveu a vida ao corpo e o fez conceber um filho Hórus. Seth, então o novo rei do Egito, foi caçar no delta num dia em que Ísis estava ausente. Ele descobriu o corpo do irmão e o cortou em pedaços, dispersando os restos por todo o país. Na volta ao esconderijo, Ísis se desesperou ao ver o caixão aberto e vazio. Corajosamente, ela foi procurar os pedaços, achou-os e conseguiu reconstituir o corpo do marido atando-o com tiras de tecido, ajudada pelo deus Anúbis. Osíris foi a primeira múmia do Egito.

A Conspiração De Seth Contra Osíris

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Quatro dos cinco filhos de Geb e Nut enfrentaram-se num conflito terrível. O mais velho, Osíris, que tinha se casado com sua irmã Ísis, reinava sobre o mundo. Seu irmão mais jovem, Seth casado com outra irmã deles, Nefthis, devia-lhe obediência. Furioso por ter de ficar numa situação de inferioridade, Seth decidiu conspirar contra o irmão e conquistar o trono. Seth organizou um banquete para o irmão e convidou todos os conspiradores. Antes do banquete, mandou preparar um maravilhoso baú de madeira preciosa, incrustado de ébano e marfim, do exato tamanho de Osíris. Durante o banquete, Seth levantou e anunciou que o móvel pertenceria a quem coubesse perfeitamente nele. Todos os convidados, cativados pela beleza do baú, tentaram se encaixar nele em vão, até chegar a vez de Osíris, que se encaixou perfeitamente. Então os conspiradores, liderados por Seth, correram para fechar a caixa e jogá-la no Nilo.