Amon

A figura mitológica de Amon surgiu por meio de deus cosmogonias, uma delas era a de Hermópolis, na qual Amon e sua esposa Amaunet, teriam criado tudo o que era secreto e oculto e, a outra, era cosmogonia de Tebas, sendo que Amon, considerado, o Deus da força criadora da vida, junto a sua Mut e seu filho Khonsu, teriam feito surgir o cosmos.
No entanto, independentemente das cosmogonias, Amon sempre foi considerado como a entidade que dava vida ao país.
O nome "Amon" significa "o rei supremo" e a divindade era representada de diversas formas, tais como, um carneiro com chifres curvos e cauda curta, como também em um corpo de ser humano e cabeça de carneiro ou como um homem barbado, com uma touca na cabeça com duas longas plumas.
Em 2.000 a.C. Amon se tornou a divindade mais cultuada e adorada pelos egípcios antigos. A importância da divindade Amon era tamanha que ele era considerado o pai de todos os faraós e o responsável por passar o poder do Egito Antigo para cada um deles. Esse respeito e veneração podia ser notado também no fato de que até alguns faraós inseriram o nome Deus entre os seus respectivos nomes como, Amenófis I, que governou de 1.525 a.C a 1.504 a.C. e que passou a ser chamado de "Amenhotep", que significa "Amom está satisfeito", bem como a sua esposa Nefertari, que se tornou "Aahmes-Nefertari", termo que designa "a mulher de Amon". Os egípcios antigos acreditavam que a divindade Amon também tomava a forma do faraó vigente e se deitava com a sua esposa, enquanto ela dormia no palácio, com o intuito de gerar herdeiros. Tal pensamento pode ser comprovado em pinturas nas paredes de pirâmides e de templos sagrados e até na trajetória de Alexandre, o Grande, que administrou o Egito Antigo de 332 a.C. a 323 a.C.,e garantiu ter ouvido Amon lhe falar que era o seu pai, mesmo que nesse período a veneração a Amon já havia diminuído bruscamente.
Outro lado interessante sobre Amon é que os seus sacerdotes também se tornaram figuram sagradas, prestigiadas e admiradas por toda a civilização egípcia. Muitos deles administraram os tesouros e os bens dos templos de Amon e alcançaram até a posição de vizir (primeiro ministro do faraó) por serem consideradas pessoas imaculadas, divinas e ao mesmo tempo poderosas. Os sacerdotes de Amon se destacavam também dos demais pela maneira que se apresentavam e como se comportavam. Eles se vestiam com uma túnica branca, a qual era coberta por uma capa feita de pele de leopardo, tinham todos os pelos do corpo raspados, não podiam usar perucas e eram proibidos de caçar e também de se alimentar de carnes de animais relacionados ao Deus Amon, como, por exemplo, o carneiro.
Vale destacar que o culto a Amon foi desprestigiado quando Amenófis IV regeu o Egito Antigo de 1.352 a.C a 1.336 a.C., durante a XVIII dinastia, pois ele inseriu o culto a Aton, proibindo a adoração a Amon, mas após a sua morte, a veneração a Amon foi retomada e só foi extirpada em 663 a.C. quando os assírios invadiram o Egito e tornaram obrigatório o culto às divindades da religião assíria.



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