Amonet

Conhecida como Amaunet, foi a esposa da divindade Amon e a deusa da força criadora da vida, do oculto e do poder, que surgiu por meio da cosmogonia de Hermópolis. Ela era representada de formas variadas, com uma vaca, como uma mulher com cabeça de rã ou serpente ou como uma mulher portando uma coroa vermelha, a qual era o símbolo do Baixo Egito. Era cultuada, principalmente, na primeira festa em que o faraó organizava para anunciar o início da sua administração, também durante a Heb Sed, que era a comemoração dos 30 anos de reinado de um grande rei. Os egípcios antigos acreditavam que, durante essas celebrações, Amonet se materializaria em uma sombra que envolveria o faraó, a qual lhe protegeria e permitiria sua ascensão no inicio do reinado e também lhe concederia mais vitalidade e discernimento, após ter administrado o Egito por três décadas.
Amonet também foi considerada a mãe de toda a criação, como também o sol que se erguia toda manhã e a árvore Acácia (Acacia parviceps), de qual a vida teria surgido. Ela era também a deusa que permanecia na entrada do Reino dos Mortos, por isso recebeu o título de "Ela do Ocidente", já que os egípcios antigos imaginavam que o submundo ficava na porção Ocidental do Egito.
A figura de Amonet foi bastante ovacionada pelo faraó Tutankhamon, que mandou construírem, em Karnak, no templo de seu marido, Amon, Deus criador da força da vida, uma imponente estátua monumental da divindade. A deusa também possuía sacerdotes que a adoravam no mesmo local.
Devido à popularização da cosmogonia de Tebas, que trazia como como esposa de Amon, a deusa Mut, os cultos à Amonet foram diminuindo consideravelmente.
De acordo com textos traduzidos em paredes de pirâmides e templos sagrados, acredita-se que a divindade Amonet foi difundida à Neith (deusa da caça), durante à Dinastia Ptolomaica, que foi de 305 a.C a 32 a.C.


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