Anit e o precioso corante

A admiração pela impetuosidade e pela força da deusa Anit era tamanha, que os egípcios antigos decidiram colocar o seu nome para denominar um corante natural, que eles consideravam precioso.
O corante era retirado do caracol Murex (Murex brandaris) e por ter uma cor vibrante vermelho-púrpura, passou a ser chamado no Egito Antigo, de Anit, cor que representava o caos, a raiva e o fogo.
No entanto, não era nada fácil extrair tal corante do caracol, o que explica a sua preciosidade, já que eram necessários doze mil caracóis para se conseguir tingir apenas um lenço de mão. Para se obter a cor preciosa, os egípcios esmagavam os caracóis, em seguida, os deixavam por três dias em água salgada e, depois os ferviam por cerca de dez dias.
Depois de pronto, o corante era usado para tingir as roupas e os acessórios dos grandes reis, bem como as velas dos barcos faraônicos, o que designava que quando as velas púrpuras fossem avistadas, os demais barcos tinham que se afastar para dar passagem ao barco real.


Murex brandaris

Concha do caracol Murex, que há três mil anos era pescado para dar origem à vibrante cor vermelho-púrpura, bastante apreciada pelos faraós, que não desbotava, pelo contrário, com o passar do tempo se tornava uma tonalidade ainda mais brilhante e intensa.



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